Trinta anos depois do fim de uma ditadura brutal, as Filipinas enfrentam um dilema para escolha de um novo líder na segunda-feira. A rivalidade é entre uma promessa para acabar com o crime e a corrupção em poucos meses e reformistas que criticam o opositor de ameaçar a democracia.
As Filipinas obtiveram umas das maiores taxas de crescimento econômico na Ásia sob o presidente Benigno Aquino III, mas o país permanece frágil e com grandes índices de pobreza e desigualdade.
Aquino apoia o candidato Mar Roxas, um ex-membro de seu gabinete que prega a continuidade no “rumo certo”. Ele critica o líder nas pesquisas de intenção de voto, Rodrigo Duterte, que já ameaçou fechar o Congresso ou estabelecer um governo revolucionário caso ele sofresse um impeachment. Para Aquino, Duterte pode se transformar num ditador.
Os filipinos tem sido sensíveis a possíveis ameaças à democracia desde a revolta que tirou do poder o ditador Ferdinand Marcos. Em 2001, um levante similar forçou Joseph Estrada para fora da presidência sob alegações de corrupção. Os pais de Aquino tiveram um papel relevante na resistência a Marcos.
Na campanha, todos os candidatos menos Duterte prometeram reformas. Além de Roxas, os oponentes são a senadora Grace Poe, o vice presidente Jejomar Binay e a senadora Miriam Defensor-Santiago. Todos criticaram Duterte por comentários que poderiam ferir a lei e a democracia. Fonte: Associated Press.