Dois funcionários terceirizados do Departamento de Estado norte-americano foram demitidos, e um terceiro foi advertido, depois de terem acessado registros do passaporte do senador norte-americano Barack Obama de maneira indevida. A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, informou nesta sexta-feira (21) que telefonou ao senador para pedir desculpas pelo incidente. Rice afirmou ter dito a Obama que teria ficado "muito perturbada" se o mesmo tivesse ocorrido com ela.
Os nomes dos funcionários envolvidos e das duas empresas de onde vieram não foram revelados. O Departamento de Estado afirmou que sua avaliação inicial foi de que os três funcionários, de áreas diferentes, olharam os registros por "curiosidade imprudente", e não por motivação política. Ainda assim, o caso está sendo investigado.
Os incidentes ocorreram em 9 de janeiro, 21 de fevereiro e 14 de março. Foram rapidamente informados a funcionários de baixo escalão, mas só chegaram ao conhecimento da cúpula por iniciativa de um repórter que contou o caso ao porta-voz do departamento, Sean McCormack. Dois dos três funcionários foram demitidos logo após a descoberta das violações, enquanto o terceiro sofreu sanções administrativas, mas manteve o emprego.
Obama, adversário de Hillary Clinton na disputa pela indicação democrata às eleições presidenciais de novembro, foi informado ontem sobre o caso, e seus assessores vão receber informações mais detalhadas do subsecretário de Estado, Pat Kennedy, nesta sexta-feira (21).
