O governo francês se reuniu na segunda-feira, 3, por quatro horas com membros da oposição para buscar uma saída para a crise criada pelos “coletes amarelos”, um grupo que se manifesta contra o aumento dos combustíveis e a política de austeridade do presidente Emmanuel Macron. No sábado, violentos protestos causaram transformaram Paris em uma praça de guerra.

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Não houve consenso na reunião entre o primeiro-ministro, Édouard Philippe, e os líderes dos principais partidos da oposição, incluindo o conservador Laurent Wauquiez e a ultradireitista Marine Le Pen. O grupo comunista ameaça promover uma moção de censura contra o governo.

Macron realizou ontem mais uma reunião ministerial no Palácio do Eliseu para tentar definir uma saída para a crise antes de sábado, quando estão marcados novos protestos em toda a França, chamados de “Ato IV”.

O governo francês havia sinalizado um “gesto de abertura” tentando marcar para hoje uma reunião com representantes dos “coletes amarelos” e anunciar medidas para sair da crise. No entanto, um grupo de porta-vozes do movimento se recusou a se reunir com o governo.

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“Nenhum membro dos coletes amarelos irá a Matignon (sede do gabinete do premiê)”, disse Benjamin Cauchy, um dos integrantes do movimento. Outra porta-voz, Jacline Mouraud, também disse que não iria porque foi ameaçada.

O governo não deu indícios de que cederia a algumas das demandas dos manifestantes, que incluem a suspensão do aumento dos preços dos combustíveis, o adiamento do aumento de impostos, da reforma previdenciária, a restauração do imposto sobre grandes fortunas e o aumento do imposto sobre juros e lucros bancários. (Com agências)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.