Autoridades peruanas continuaram usando helicópteros hoje para retirar turistas estrangeiros presos pela chuva e pelos deslizamentos, que mataram sete pessoas na região histórica de Machu Picchu. A operação, que começou anteontem, contabilizava 475 estrangeiros resgatados até a tarde desta quarta-feira, segundo os serviços de emergência. O governo peruano disse que esperava resgatar até 800 turistas hoje se condições climáticas permitissem
Apesar da ação oficial, estima-se que mais de 1.400 turistas ainda estejam ilhados em Machu Picchu e na vizinha Águas Calientes. “Estamos fazendo o máximo esforço humanamente possível”, disse o ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Martín Pérez.
Segundo ele, os governos do Brasil, Chile e Colômbia ofereceram helicópteros para o governo peruano fazer os resgates, mas Pérez afirma que mais aeronaves não são necessárias porque a geografia de Águas Calientes impede que mais de três ou quatro aeronaves trafeguem no local. “Podemos resgatar 120 turistas por hora, a única coisa que precisamos é que o clima ajude um pouco”, disse.
Estragos da chuva
Machu Picchu é um dos destinos turísticos mais populares na América Latina, recebendo mais de 400 mil visitantes por ano. A fortaleza inca do século 15 está localizada em uma alta montanha, 70 quilômetros distante de Cuzco. Uma ferrovia que transporta os turistas ao local está coberta de lama.
A Defesa Civil local estimou que as casas de 1.300 pessoas de áreas rurais pobres perderam suas casas. Outras 12 mil foram afetadas em grau menor, perdendo bens ou sofrendo danos em suas propriedades. Na cidade de Cuzco, foi declarado um estado de emergência válido por 60 dias, após duas pontes ruírem e 250 casas ficarem destruídas.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.