O resgate dos 33 mineiros que passaram mais de dois meses presos no interior da mina San José, no norte do Chile, foi concluído com sucesso na noite desta quarta-feira, quando ocorreu o salvamento do topógrafo chileno Luis Urzúa.
Ele foi retirado da cápsula Fênix, que o resgatou de uma profundidade de quase 700 metros, às 21h55 (hora de Brasília). Urzúa foi escolhido para ser o último resgatado por sua condição de chefe de turno no momento do acidente que isolou o grupo em 5 de agosto.
Os 33 mineiros foram salvos em uma operação que se estendeu por quase 22 horas depois de terem passado 69 dias presos a cerca de 700 metros de profundidade após o acidente que os isolou no subterrâneo da mina San José, perto da cidade de Copiapó, no norte do Chile.
A operação de resgate teve início aos 4 minutos desta quarta-feira em Brasília, com a saída do mineiro chileno Florencio Ávalos.
Com o salvamento dos 33 mineiros, resta agora retirar os agentes de resgate enviados ao subsolo para ajudar na operação, o que deve durar ainda algumas horas.
O primeiro mineiro resgatado, Florencio Ávalos, de 30 anos, foi saudado por familiares e funcionários do governo para em seguida ser levado para um check-up médico inicial.
Renan Ávalos, irmão mais novo de Florencio, foi o 25º mineiro a chegar à superfície. A ação de resgate foi intitulada “Operação São Lourenço”, em uma referência ao santo patrono dos mineiros.
Florencio Ávalos foi o primeiro a ser resgatado pelo fato de ser considerado o mais experiente do grupo e também o que apresentava melhor condição física.
Depois dele, na ordem, foram salvos José Ojeda, Osmán Araya, Mario Sepúlveda, Juan Illanes, Carlos Mamani (boliviano, único estrangeiro entre os mineiros presos), Jimmy Sánchez, Claudio Yáñez Lagos, Mario Gómez, Alex Vega, Jorge Galleguillos, Edison Peña, Carlos Barrios, Víctor Zamora, Víctor Segovia, Daniel Herrera, Omar Reygadas, Esteban Rojas, Pablo Rojas, Dario Segovia, Yonni Barrios, Samuel Ávalos, Carlos Bugueño, José Henríquez, Renan Ávalos, Claudio Acuña, Franklin Lobos, Richard Villarroel, Juan Carlos Aguilar, Raúl Bustos, Pedro Cortéz, Ariel Ticona e Luiz Urzúa.
Não há registro histórico de alguém que tenha sobrevivido tanto tempo em condições tão adversas quanto esse grupo de mineiros. Até 17 dias depois do acidente que os prendeu no subsolo não se sabia nem ao menos que os 33 homens continuavam vivos. Nas semanas que se seguiram à confirmação de que estavam todos vivos, o mundo foi cativado pela persistência e pela união dos mineiros. Com informações da Dow Jones.