O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está usando suas reservas internacionais, enquanto lida com a falta de dólares e uma crise econômica que provoca temores nos mercados da dívida, ante um potencial default da dívida do país nos próximos anos.

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As reservas, em sua maioria em ouro, estão agora em sua nova mínima em 12 anos, em US$ 17,9 bilhões, segundo dados do Banco Central da Venezuela. Elas recuaram em 26% desde que atingiram seu pico em 27 de fevereiro de 2015, de US$ 24,3 bilhões, e caíram em quase um terço desde que Maduro assumiu, em abril de 2013.

As reservas do país têm passado por grandes mudanças, desde o quarto trimestre de 2014, com a Venezuela começando a sofrer com a queda de mais de 50% no preço do petróleo, principal item da pauta de exportações do país.

A volatilidade pode ser o resultado de operações de conversão em dinheiro de parte das reservas em ouro, disseram nesta semana analistas do J.P. Morgan. A Venezuela tem recebido recursos consideráveis, incluindo US$ 4 bilhões de um fundo de desenvolvimento conjunto com a China, que ela usou em novembro para reforçar suas reservas, e US$ 1,9 bilhão de dívida segurada de petróleo que era devido pela República Dominicana. “A tendência geral, porém, tem sido negativa”, disse o J.P. Morgan.

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Com as autoridades dando poucos sinais de desacelerar a forte expansão monetária, o valor da moeda local está rondando novas mínimas, de 300 bolívares por dólar, bem abaixo da taxa fixada pelo governo, que varia de 6,3 a 198 bolívares por dólar.

A forte desvalorização do bolívar significa que a maior nota de bolívares em circulação na Venezuela vale US$ 0,33, no mercado paralelo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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