A Casa Branca divulgou cerca de 100 páginas de e-mails e anotações sobre o ataque contra a missão diplomática norte-americana em Benghazi, Líbia, no ano passado. Mas a medida não satisfez os republicanos, que exigem mais informações sobre o episódio.
“Por que não divulgar todos os documentos secretos?”, questionou o deputado Jason Chaffetz, republicano que integra o Comitê de Supervisão e Reforma do Governo. “O presidente tem dito repetidamente que quando receber mais informações, vai divulgar para o público. Por que não divulgar – em vez das escolhidas a dedo – por que não divulgar todos os documentos secretos?”
Um porta-voz do presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse na quarta-feira que o partido espera que “esta divulgação limitada de documentos seja um sinal de que mais cooperação virá”. O presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara pressiona o Pentágono para que divulgue mais detalhes sobre as ordens militares dadas por volta do horário do ataque e que aeronave militar estava na região.
Quatro norte-americanos, dentre eles o embaixador Chris Stevens, foram mortos quando militantes invadiram a missão norte-americana e o anexo da CIA em dois ataques noturnos em 11 de setembro de 2012.
Os republicanos acusam o governo Obama de enganar o povo americano sobre as circunstâncias do ataque, minimizando um ataque terrorista que teria reflexos ruins na campanha de reeleição de Obama. O presidente negou as acusações de tentar encobrir o caso e deu a entender, na segunda-feira, que as críticas tiveram motivos políticos.
Oito meses após o ataque, a questão continua a ser usada pela base republicana em seus ataques ao presidente. Integrantes da base republicana e grupos externos pressionam Boehner a indicar um comitê especial de investigação. Republicanos em cinco comitês da Câmara tentam abrir seus próprios inquéritos e prometem convocar mais testemunhas para falar em público, dentre elas um diplomata veterano e um almirante reformado que conduziram uma análise independente sobre o ataque, que faz duras críticas ao Departamento de Estado pela insuficiência de segurança na instalação. As informações são da Associated Press.