Impulsionados pela vitória eleitoral da terça-feira, líderes do Partido Republicano dos Estados Unidos começam a se articular para impedir a reeleição do presidente Barack Obama em 2012. A intenção é evitar o que alguns chamam de “efeito Clinton” – referência ao presidente Bill Clinton (1993-2001), que perdeu a eleição de meio de mandato de 1994, mas acabou reeleito dois anos depois.
Em trechos antecipados de um discurso que faria ontem à noite, Mitch McConnell, líder republicano no Senado, insiste que o objetivo principal de seu partido deve ser reconquistar a Casa Branca em 2012. “Ao longo desta semana, muitos têm afirmado que fui indelicado ao dizer que a prioridade nos próximos dois anos deva ser impedir que Obama conquiste um segundo mandato”, assinala o discurso distribuído por seu gabinete.
“Mas é fato que se nossas prioridades legislativas são repudiar e substituir a reforma da saúde, encerrar os programas de ajuda financeira, cortar os gastos e reduzir o tamanho do Estado, a única saída seria colocar alguém na Casa Branca que não vetasse estas iniciativas”, acrescentou McConnell – num recado claro ao presidente americano, que na véspera pediu diálogo com a oposição. A posição de McConnell tem eco em boa parte da base conservadora.
O presidente, ontem, também convidou os líderes republicanos para jantar na Casa Branca.