Republicanos enviam a Obama plano para evitar abismo fiscal

Republicanos da Câmara dos Representantes americana (equivalente à Câmara dos Deputados) apresentaram hoje ao presidente Barack Obama, democrata, uma contraproposta de solução para o chamado abismo fiscal. O plano republicano diz atingir uma redução do deficit público de US$ 2,2 trilhões em dez anos.

Somado às reduções que entraram em vigor no ano passado e economias decorrentes do término das guerras no Iraque e no Afeganistão, o pacote economizaria US$ 4,6 trilhões nos mesmos dez anos, conforme o plano.

O plano foi enviado à Casa Branca em carta assinada pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e mais seis líderes republicanos. Há poucas chances de ele ser aceito pelo recém-reeleito presidente dos EUA, mas já representa uma resposta aos pedidos dele para que os republicanos se engajassem nas negociações.
Os republicanos rejeitaram a primeira oferta de Obama de acordo e a classificaram de “ridícula”.

Sua proposta inclui aumento da idade para entrada no Medicare (o seguro de saúde para idosos) e cortes na previdência e deixa de fora o eventual aumento nos impostos de casais que receberem mais de US$ 250 mil por ano. Os três pontos constavam da proposta de Obama.

Republicanos e democratas têm até o dia 31 de dezembro para entrar em acordo, antes que entrem em vigor cortes drásticos e genéricos na Defesa e nos programas sociais do governo que foram determinados em 2011 enquanto, simultaneamente, expiram benefícios tributários que vigoraram para a classe média e a classe alta na última década.
Sem acordo, os benefícios não serão estendidos –o que implicaria em aumento da alíquota de impostos entre três e cinco pontos percentuais.

O cenário pode jogar os EUA na recessão e aumentar o desemprego.

No sábado, o presidente Barack Obama pediu ao Congresso, em pronunciamento semanal divulgado por rádio e internet, que estenda imediatamente os cortes de impostos à classe média do país, alegando que isso permitirá a 98% das famílias e a 97% das pequenas empresas ter uma recuperação mais rápida.

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