Forças de segurança do Iêmen mataram pelo menos duas pessoas, disseram fontes médicas e de segurança hoje. Além disso, as tropas feriram pelo menos dez pessoas quando dispararam para dispersar grandes protestos contra o regime ao sul da capital, Sanaa. Centenas de milhares de pessoas se reuniram na cidade de Taez para protestar contra o presidente Ali Abdullah Saleh.
O líder iemenita já anunciou um plano para uma transição no país, mas os manifestantes querem a renúncia imediata de Saleh. As forças de segurança abriram fogo com balas de verdade e lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes em Taez, ferindo três pessoas e deixando dezenas com problemas respiratórios. Mais de 130 pessoas já morreram nos protestos contra o governo.
Os manifestantes protestam desde o fim de janeiro. Eles são contrários a um plano do Conselho de Cooperação do Golfo, pelo qual Saleh pode renunciar em 30 dias, com imunidade judicial. Na cidade de Ibb, sete pessoas foram feridas por tiros. Outras 30 receberam tratamento após inalar o gás lacrimogêneo, segundo testemunhas.
Na capital, Sanaa, milhares de professores marcharam até o Ministério da Educação. Eles ameaçam fazer greve até a queda do presidente. Testemunhas também disseram que milhares de pessoas protestaram em Mukalla, no sul do Iêmen, e na cidade de Al-Hudaydah, no Mar Vermelho. Não houve registro de confrontos em Sanaa, nem nessas duas cidades. As informações são da Dow Jones.