Repressão a protestos deixa 3 mortos no Iêmen

As forças de segurança do Iêmen dispararam contra manifestantes hoje no sul do país, matando três pessoas, segundo ativistas. Além disso, manifestantes invadiram o prédio do Ministério do Petróleo.

O ativista Nouh al-Wafi disse que duas pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas na instável cidade de Taiz, e outra foi morta na cidade de Damar, após manifestantes que pediam a queda do presidente Ali Abdullah Saleh entrarem em confronto com a polícia.

Depois da morte do segundo manifestante em Taiz, outros ativistas invadiram a delegacia de onde partiu o disparo, pegaram o policial que teria dado o tiro e o entregaram ao escritório da promotoria, afirmou Ghazi al-Samai. Segundo ele, manifestantes atearam fogo a pneus em várias ruas de Taiz, tomando o controle de três prédios do governo, incluindo o do Ministério do Petróleo.

Em Sanaa, a capital do Iêmen, manifestantes começaram um protesto em uma das principais ruas da cidade. Já há um protesto permanente em uma praça perto da Universidade de Sanaa.

Tawakul Karman, um importante membro do principal partido oposicionista, Islah, disse que há planos para a realização de marchas perto do palácio presidencial em Sanaa e em outros prédios do governo, para pressionar pela renúncia de Saleh.

Em Áden, no sul do país, manifestantes também atearam fogo a pneus nas ruas da cidade, paralisada pela campanha de desobediência civil da oposição. Manifestações similares ocorrem em Hadramawt e Hodeida.

O Iêmen enfrenta quase três meses de protestos exigindo a queda de Saleh. No poder há mais de três décadas, o presidente intensificou a repressão às manifestações e recusou uma oferta de mediação regional. Mais de 140 pessoas foram mortas na repressão aos protestos, segundo ativistas. As informações são da Associated Press.

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