Uma correspondente da rede de televisão iraniana Press TV foi morta hoje durante um tiroteio em Damasco, na Síria, por um atirador das forças contrárias ao ditador Bashar Assad.
Segundo a emissora, o repórter Maya Nasser morreu após ser baleado no pescoço. O responsável pela sucursal do canal em Damasco, Hussein Mortada, também foi atingido e está em internado em um hospital da capital síria.
Ainda não é conhecido o estado de saúde do diretor. Essa é a segunda vez que Mortada sofre algum tipo de ferimento durante a crise síria. No início do mês, ele foi ferido em um bombardeio das forças do regime durante uma viagem.
A morte foi confirmada pelo grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres. A entidade informou que os disparos ocorreram durante enfrentamentos próximos à sede do Estado-Maior da Síria nesta manhã.
O mesmo local foi atingido pela explosão de duas bombas, sem causar vítimas. De acordo com o ministro da Informação do país, Omran Zubi, um dos artefatos foram colocados dentro do prédio, causando apenas danos materiais.
O funcionário atribuiu o atentado a “terroristas”, forma pela qual o regime sírio se refere aos opositores. As explosões foram seguidas por um tiroteio desencadeado durante a perseguição de forças do regime a “grupos armados”. Houve também um incêndio na praça em frente ao edifício governamental.
Esta é a segunda vez que esta sede militar, que se encontra no distrito de Abu Rumaneh, em pleno centro de Damasco, é alvo de um ataque.
Em 2 de setembro, um atentado no local deixou quatro feridos. O local fica a três quadras do palácio presidencial. O conflito na Síria, que começou em março de 2011, já causou mais de 25 mil mortos, enquanto 2,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária e mais de 250 mil se refugiaram nos países vizinhos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
