O governo italiano lamentou nesta quinta-feira a morte de um trabalhador italiano do setor humanitário em um ataque aéreo dos Estados Unidos, qualificando a medida como um “erro fatal” dos norte-americanos. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, demonstrou sua “profunda dor” pela morte de Giovanni Lo Porto e enviou condolências à família. Também enviou sentimentos à família do norte-americano Warren Weinstein, morto no mesmo ataque aéreo na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Ambos eram reféns da Al-Qaeda.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que eles foram mortos em um ataque aéreo em janeiro. Os EUA acreditavam que o local era uma base da Al-Qaeda sem nenhum civil.
Em comunicado, Renzi disse que Obama o informou sobre a morte em um telefonema na quarta-feira. A família Lo Porto foi então informada do fato.
O Ministério das Relações Exteriores italiano qualificou Lo Porto como “um voluntário generoso e especializado”, que trabalhava no Paquistão para um grupo humanitário alemão, Welthungerhilfe, quando foi capturado em 2012. O Ministério das Relações Exteriores disse que trabalhou durante três anos para encontrá-lo e devolvê-lo à família.
Porta-voz da Welthungerhilfe, Simone Pott lamentou a morte. “Tanto foi feito para tentar libertá-lo”, disse ela, sem dar detalhes.
Lo Porto havia se unido ao grupo em outubro de 2011. Ele trabalhava como gerente de um projeto na região de Multan, no Paquistão, quando foi sequestrado em janeiro de 2012, junto com o alemão Bernd Muehlenbeck, que acabou libertado no ano passado. Fonte: Associated Press.