Mergulhadores vasculhavam o Rio Mississippi nesta quinta-feira (2) em busca de corpos ainda presos nos escombros da ponte que desabou ontem à tarde, na hora do rush, em meio à revelação de que um relatório de 2005 qualificava a ponte como "estruturalmente deficiente". O número oficial de mortos permanecia em quatro, mas o chefe de polícia de Minneapolis, Tim Dolan, disse que mais corpos estavam na água. Mais de 50 veículos caíram no rio na hora do desabamento e a polícia informou que há pelo menos 30 pessoas desaparecidas. Funcionários de hospitais disseram que 79 pessoas ficaram feridas, 6 delas em estado grave.
"Temos vários veículos que estão sob grandes pedaços de concreto e sabemos que há algumas pessoas dentro desses veículos", disse Dolan, acrescentando que o número de mortos deve aumentar bastante. Mergulhadores buscavam corpos e anotavam as placas dos veículos para que as autoridades possam identificar seus proprietários. A retirada dos veículos deve demorar vários dias, pois alguns estão sob os destroços da ponte. Segundo o Corpo de Engenheiros do Exército, a profundidade da água no local do acidente é de entre 1,2 a 4,3 metros.
O Departamento de Segurança Interna disse que o desabamento não parece estar relacionado com terrorismo, mas a causa ainda não foi determinada. Segundo Mark Rosenker, diretor da Agência de Segurança Nacional nos Transportes, o primeiro passo na investigação federal será recuperar as peças da ponte e juntá-las, como se fosse um gigantesco quebra-cabeças, para determinar o que ocorreu.
Rosenker estimou que sua agência levará "cerca de um ano" para divulgar um relatório final sobre a causa da queda. Ele disse que 19 engenheiros de pontes e rodovias, assim como especialistas em materiais, estão em Minneapolis para analisar o que pode ter ocorrido. O desastre foi filmado por uma câmera de segurança.
