O presidente venezuelano Hugo Chávez qualificou como "ridículo" o documento da Interpol que afirma que arquivos encontrados em computadores de rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são verdadeiros. Os dados sugerem que a compra de armas por Chávez pode beneficiar o grupo guerrilheiro. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, por sua vez, disse estar satisfeito com o relatório da polícia internacional. "O terrorismo não tem fronteiras ou ética", disse Uribe, ao chegar à Cúpula de Chefes de Estado da América Latina, Caribe e União Européia, em Lima, no Peru.
Os arquivos sugerem que a Venezuela preparava um empréstimo de US$ 250 milhões (R$ 415 milhões) para as Farc e também ajudaria os rebeldes a conseguirem armas russas, entre elas possivelmente mísseis para uso contra aeronaves colombianas. As Farc, que financiam suas operações militares com o tráfico de drogas e seqüestros, são consideradas terroristas pelos Estados Unidos e pela União Européia.
Os Estados Unidos e a Colômbia temem há algum tempo as compras militares da Venezuela. Os países suspeitam que esses armamentos podem acabar nas mãos de membros das Farc. Agora, esses países têm razões documentadas para justificar esse medo e provas certificadas pela Interpol.
