A decisão do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de insistir, ao longo desta semana em Nova York, no pedido de reconhecimento, pela Organização das Nações Unidas (ONU), do Estado Palestino como território independente – definido pelas fronteiras anteriores à guerra de 1967 – gera polêmica.
Os líderes do chamado Quarteto para a Paz no Oriente Médio – Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas – tentam alinhavar um acordo para evitar constrangimentos. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse ontem (18) que a ideia é buscar um acordo entre palestinos e israelenses na tentativa de consenso.
O governo de Israel, porém, informou que não aceita a exigência da ANP, que quer a divisão da cidade de Jerusalém. Segundo os israelenses, a capital religiosa de Israel é indivisível e não há possibilidade de mudar essa posição.
O governo dos Estados Unidos antecipou que votará contra o pedido de Abbas, pois é favorável à busca por acordo e consenso. O Brasil, no ano passado, apoiou a criação do Estado da Palestina, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre a reivindicação do presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Diplomatas brasileiros que participam das negociações disseram que o governo brasileiro é favorável às iniciativas do Quarteto para a Paz no Oriente Médio em busca de acordos. As conversas devem ocorrer extra-agenda.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.//Edição: Graça Adjuto