O Reino Unido enfrenta nesta quarta-feira o que os sindicatos afirmam que será a maior greve em uma geração, com cerca de 2 milhões de professores, funcionários do controle de imigração e outros setores públicos prometendo cruzar os braços. Os trabalhadores protestam contra planos do governo para fazê-los se aposentarem mais tarde e pagarem mais por suas pensões.
O ministro das Finanças, George Osborne, disse que o governo precisava levar o setor de pensões públicas para um patamar mais sustentável e reiterou a posição do governo de que a grande ação de protesto dos trabalhadores apenas enfraquecerá a economia e cortará empregos.
“Portanto vamos voltar à mesa de negociações. Vamos chegar a um acordo sobre pensões que seja justo para o setor público, dê pensões decentes por muitas, muitas décadas, mas que esse país também possa bancar e que nossos contribuintes possam pagar”, disse Osborne, em entrevista televisionada.
A greve é considerada a maior ação trabalhista no Reino Unido em décadas, certamente desde o chamado Inverno do Descontentamento, de 1979.
O governo afirma que as reformas são necessárias para reduzir o conta anual de 32 bilhões de libras com pensões. Os sindicatos, porém, dizem que essas reformas são injustas e desnecessárias. Os dois lados não chegaram a um acordo, apesar de meses de conversas e de uma oferta melhor do governo feita este mês.
O Tesouro britânico estimou que a greve possa custar 500 milhões de libras à economia. O Ministério da Educação informou que a paralisação fechará mais de 90% das escolas, enquanto a operadora aeroportuária BAA, um consórcio liderado pela espanhola Ferrovial, advertiu para longos atrasos no Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.