O governo britânico rechaçou hoje a decisão da Argentina de que as embarcações que cruzem pelo território continental até as ilhas Malvinas precisem ter permissão especial de Buenos Aires. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou que a Argentina não pode controlar as águas territoriais no entorno das ilhas, chamadas pelos britânicos de Falklands.

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Funcionários britânicos disseram que as medidas anunciadas pela presidente Cristina Fernández não se aplicam às ilhas. A disputa se originou a partir dos planos britânicos de explorar reservas de petróleo e gás natural perto do arquipélago.

Ontem, Cristina firmou um decreto restringindo a circulação entre o território continental argentino e as Malvinas, em resposta ao iminente início das atividades de exploração petrolífera no arquipélago pelo Reino Unido. O decreto prevê o pedido de autorização para a Argentina para “todo navio” que queria “transitar entre portos localizados no território continental argentino e portos localizados nas Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul”.

Os dois países entraram em conflito armado, em 1982, pela soberania das Malvinas. A Argentina saiu derrotada.

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O governo argentino afirmou que com o decreto a exploração de hidrocarbonetos será “mais difícil e custosa”. O vice-chanceler Victorio Taccetti afirmou que o decreto é parte da estratégia argentina de defesa de seus “direitos legítimos sobre as Malvinas”. Em entrevista à rádio Milenium, Taccetti disse que esses direitos são “desconhecidos sistematicamente pelos ingleses”.