O Reino Unido, os Estados Unidos e a Líbia emitiram ontem (21) declaração conjunta pelo 25º aniversário do atentado de Lockerbie que matou 270 pessoas. No documento, representantes dos três países disseram: “Queremos que todos os responsáveis por esse ato terrorista extremamente cruel sejam julgados”.
No dia 21 de dezembro de 1988, Boeing 747 da companhia norte-americana Pan Am explodiu 38 minutos depois de decolar do aeroporto londrino de Heathrow, sobre Lockerbie (Escócia). O destino do avião era Nova York. Todos os passageiros – a maioria americanos – e a tripulação morreram, assim como 11 habitantes de Lockerbie.
“Queremos entender por que é que foi cometido”, disseram representantes do governo de Londres, Washington e Trípoli através de um comunicado comum. Os três países informaram que vão se empenhar em cooperar “para revelar todos os fatos” desse caso, dar todas as condições aos investigadores britânicos e americanos na Líbia e partilhar toda a informação, documentos e acesso a testemunhas.
No Reino Unido, foram realizadas cerimônias religiosas para lembrar do dia. Em 2003, o regime líbio de Muammar Kadafi reconheceu formalmente a responsabilidade pelo atentado e pagou US$ 2,7 bilhões às famílias das vítimas. O único condenado, Abdel Basset Al Megrahi, morreu em maio de 2012 na Líbia depois de ter sido libertado três anos antes, na Escócia, por motivos de saúde.
Após a queda de Kadhafi, em 2011, o gabinete do procurador escocês pediu formalmente às novas autoridades líbias ajuda na investigação e aos Estados Unidos o acesso aos elementos do caso.
Por sua vez, as novas autoridades líbias manifestaram vontade de saber a verdade sobre o ataque. Investigadores americanos e escoceses, desde então, visitam a Líbia.