O Reino Unido celebrou uma vitória nesta sexta-feira em seu impasse orçamentário de 2,1 bilhões de euros com a União Europeia, declarando que foi capaz de atrasar e reduzir a quantia devida. Apesar do anúncio oficial, representantes do bloco dizem que a contribuição não foi cortada como alega o governo inglês.

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Ministros de Finanças da União Europeia discutiram a questão em reunião, em que o secretário do Tesouro britânico, George Osborne, afirmou que o país reduziu a conta pela metade. “Nós atrasamos o pagamento. Nós não iremos pagar juros sobre ele”, acrescentou.

Segundo Osborne, 850 milhões de euros serão pagos em duas parcelas a partir da segunda metade de 2015, quando o prazo inicial era o dia 1º de dezembro deste ano. “Isso vai além do que qualquer um esperava que conseguiríamos”, disse o secretário.

O cálculo, no entanto, é equivocado na opinião da comissária do bloco para questões orçamentárias, Kristalina Georgieva. Para ela, o valor foi reduzido apenas porque os inglês adiantaram um desconto que receberiam no ano que vem de qualquer jeito.

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De acordo com Jeroen Dijsselbloem, que preside os encontros de ministros das Finanças da zona do euro, a conta também não foi cortada pela metade. Ele insiste que a contribuição não foi negociada pela metade e que não há motivos para Osborne comemorar. “Seria louco ele fazer isso. Ele ainda terá de pagar uma quantia muito grande”.

Apesar disso, o pagamento só ocorrerá após as eleições gerais do Reino Unido, previstas para o dia 7 de maio de 2015. O adiamento da contribuição, nesse caso, representa uma vitória do primeiro-ministro David Cameron e do partido Conservativo, que terá de lidar com uma discussão espinhosa sobre a permanência do país na União Europeia na campanha do ano que vem.

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Parte dos britânicos considera o bloco como uma instituição burocrática que suga recursos do país, visão que tem ganhado força com a ascensão de partidos de direta, como o Ukip, que demandam a saída do Reino Unido do grupo. Fonte: Associated Press.