O rei Abdullah II da Jordânia deve chegar a Washington na segunda-feira no que pode marcar o primeiro encontro de um líder árabe com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apenas dias depois de uma ordem executiva impor uma proibição de três meses de entrada de refugiados de sete países de maioria muçulmana.
Os países atingidos pela decisão de Trump tomada na sexta-feira foram Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen. A medida é uma versão de uma promessa de campanha feita por Trump em 2015, mas ainda surpreendeu muitos em Washington, uma vez que os detalhes não eram conhecidos amplamente mesmo entre as agências do governo. Quando assinou a ordem no Pentágono, Trump disse que ela era destinada a impedir a entrada de “terroristas islâmicos radicais” nos Estados Unidos.
Membros do partido Democrata e organizações humanitárias criticaram a medida dizendo que ela é desumana e pode contribuir para aumentar o sentimento antiamericano entre os muçulmanos.
Um encontro formal entre o rei Abdullah II e Trump ainda não foi anunciado e é possível que a viagem a Washington não resulte numa reunião com o presidente norte-americano. Anúncio feito pelo governo jordaniano, porém, informou que o rei Abdullah II se encontrará com membros do Congresso e “autoridades da administração dos EUA”, uma expressão que normalmente é uma referência a membros da Casa Branca.
A Jordânia e os Estados Unidos são aliados de longo tempo. Líderes dos partidos Democrata e Republicano já contaram com os laços com a Jordânia para ajudar na solução de problemas no Oriente Médio.
Trump tem neste sábado conversas com líderes do Japão, Alemanha, Rússia, França e Austrália. Ele também deve assinar pelo menos uma ordem executiva. Fonte: Dow Jones Newswires.