O rei Felipe VI dissolveu o Parlamento da Espanha nesta terça-feira, após quatro meses de esforços fracassados para que os principais partidos formassem um governo. Além disso, o monarca convocou uma nova eleição para 26 de junho.

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O decreto real era esperado desde a última semana, quando líderes partidários disseram ao rei em reuniões separadas que nenhum deles era capaz de conseguir o apoio da maioria simples no Parlamento de 350 membros para com isso se tornar primeiro-ministro. O decreto foi assinado horas após o prazo legal para a formação de um governo.

A Espanha enfrenta um impasse desde que dois partidos novos – o esquerdista Podemos e o liberal Ciudadanos – tiveram resultados fortes na eleição de 20 de dezembro, o que encerrou o período de décadas de domínio do conservador Partido Popular e do Partido Socialista Obrero Español (PSOE), de centro-esquerda. Com isso, criou-se uma situação de impasse no Legislativo.

O Parlamento que emergiu das eleições de dezembro acaba por ser o de vida mais curta no país desde o restabelecimento da democracia, em 1975, anos da morte do ditador Francisco Franco. Também foi a primeira vez que o Parlamento foi dissolvido na Espanha porque não se conseguiu eleger um primeiro-ministro.

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O decreto firmado pelo rei Felipe estabelece a data de 10 de junho para o início formal da campanha eleitoral. Segundo o texto, o novo Parlamento deve se reunir em 19 de julho.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy, do Partido Popular, se elegeu em 2011 e seguirá no poder até que o novo Parlamento escolha um governo. Pesquisas recentes indicam que o partido dele deve terminar em primeiro novamente, mas por pouco sem a maioria no Parlamento. Com isso, novas negociações terão de ser realizadas, nesse atual quadro político mais fragmentado. Fonte: Dow Jones Newswires.

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