O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou que o acordo entre o presidente americano, Donald Trump, e a oposição democrata para unir uma votação sobre o teto da dívida, o orçamento e um pacote de ajuda às vítimas do Harvey nos próximos três meses “abrem espaço para a reforma tributária”, cuja aprovação emn 2017 “ainda é bastante viável”.
De acordo com Mnuchin, “temos o financiamento para as vítimas do Harvey e estamos focados na reforma tributária. Essa será a grande prioridade para os próximos 90 dias”.
Em entrevista à rede de TV Fox Business, Mnuchin comentou que ainda “há muito o que ser feito”, mas ressaltou que o modelo principal já foi delineado e será encaminhado para os comitês da Câmara ainda neste mês. No entanto, as divisões dentro do Partido Republicano poderiam atrasar a reforma, com o grupo conservador Freedom Caucus anunciando que irá divulgar seu próprio plano tributário nos próximos dias.
O secretário disse estar confortável com o acordo para elevar o teto da dívida por três meses, apesar de críticas terem emergido no próprio Partido Republicano. Quando a proposta de unir as votações com o prazo de três meses foi divulgada pelas lideranças democratas, o presidente da Câmara, Paul Ryan, criticou a ação, afirmando que a questão era “impraticável”.
Mnuchin também afirmou que o governo jamais permitirá um calote e ressaltou que Trump ainda não tomou uma decisão sobre as nomeações para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Com a decisão do vice-presidente da instituição, Stanley Fischer, de pedir demissão, Trump tem mais três nomeações a serem feitas, além de decidir sobre o futuro da presidência do Fed, podendo ou não reconduzir Janet Yellen para o cargo.