As greves na França interromperam praticamente toda a produção das refinarias do país e, embora não haja escassez física de petróleo, estão ocorrendo compras motivadas pelo pânico de uma eventual falta de suprimentos, disse o diretor da União Francesa de Indústrias Petrolíferas (UFIP), Jean-Louis Schilansky.

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“Temos estoque para diversas semanas. Com isso, quero dizer que a totalidade dos estoques está à nossa disposição”, disse Schilansky, acrescentando que isso incluiria o eventual uso das reservas estratégicas de petróleo do governo.

Paralelamente, a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, divulgou, em um comunicado, que o país está reforçando a vigilância e o controle sobre os postos de abastecimento que estão aproveitando a turbulência no mercado interno de energia para elevar os preços muito acima da média do mercado.

Schilansky disse que a indústria francesa de petróleo está tentando diminuir os desequilíbrios no abastecimento de algumas regiões. “Estamos tentando realocar os suprimentos, mas isso levará tempo, porque precisaremos de caminhões, motoristas e rotas desbloqueadas”.

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Ele afirmou que, diante da interrupção na produção, as refinarias pararam de exportar derivados de petróleo por força maior. “A França exporta gasolina – isso parou. Pode haver problemas em contratos comerciais”, afirmou, acrescentando que as refinarias francesas processam normalmente cerca de 250 mil toneladas de petróleo por dia. Schilansky informou que os funcionários em depósitos da França não estão em greve, mas a entrada para essas instalações está sendo bloqueada por pessoas do lado de fora. As informações são da Dow Jones.