Dois pilotos turcos mantidos reféns no Líbano e nove peregrinos libaneses capturados na Síria voltaram para casa na noite deste sábado (19), como parte de um acordo de três partes.

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Emissoras de televisão libanesas mostraram imagens de nove peregrinos xiitas sendo abraçados no aeroporto internacional de Beirute. Enquanto isso, um avião que voava para Istambul transportava dois pilotos da Turkish Airlines que foram libertados.

A liberação dos turcos e dos peregrinos é parte de um acordo sobre libertação de presos e reféns que inclui a soltura de dezenas de mulheres detidas em prisões do governo sírio. Não estava claro, neste sábado, se alguma das mulheres já tinha sido liberada, uma vez que nem o governo sírio, nem a agência estatal de notícias SANA mencionou qualquer libertação.

Os pilotos da Turkish Murat Akpinar e Murat Agca estavam presos desde o sequestro, em Beirute, em agosto. Os nove peregrinos xiitas foram capturados em maio de 2012, enquanto iam do Irã para o Líbano, via Turquia e Síria.

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Os peregrinos foram capturados por rebeldes sírios que inicialmente exigiam que o

grupo xiita libanês Hezbollah parasse de se envolver na guerra civil da Síria, que

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agora entra no seu terceiro ano. Mais tarde, eles suavizaram suas exigências para a liberação das mulheres presas pelas forças de segurança leais ao presidente Bashar Assad.

Assad tem atraído o apoio de minorias étnicas e religiosas da Síria,

incluindo cristãos e membros de sua seita. Os rebeldes são dominados por maioria muçulmana sunita. O grupo xiita libanês Hezbollah tem tido papel importante nas recentes vitórias das forças leais a Assad. Combatentes sunitas têm apoiado os rebeldes.

A captura dos peregrinos desencadeou uma série de sequestros pelos clãs xiitas

dentro do Líbano, incluindo o dos dois pilotos turcos, na esperança de pressionar a Turquia a ajudar a libertar os peregrinos. Acredita-se que a Turquia tenha relações próximas com alguns grupos rebeldes sírios.

Autoridades libanesas, turcas e sírias não deram detalhes da complicada troca multilateral. O acordo parecia ser mediado principalmente Catar, que tem apoiado

rebeldes sírios em sua luta contra o governo Assad. Autoridades palestinas também participaram da mediação. As informações são da Associated Press.