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Refém francês é decaptado por grupo extremista argelino

Extremistas argelinos aliados ao grupo Estado Islâmico decapitaram um refém francês depois de a França ter ignorado a exigência de interromper os ataques no Iraque, segundo vídeo obtido nesta quarta-feira pelo SITE Intelligence Group, que monitora ações terroristas na internet.

O grupo, que se autointitula Jund al-Khilafah, ou Soldados do Califado, havia afirmado que mataria o montanhista francês Herve Gourdel após tê-lo sequestrado no domingo, a menos que a França encerrasse seus ataques contra combatentes do Estado Islâmico no Iraque em 24 horas.

O governo francês afirmou que não cederia.

No vídeo, homens mascarados do grupo recém-formado, que é um ramo que se separou do braço da Al-Qaeda no norte da África, promete fidelidade ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, e dizem que seus combatentes lutam contra seus inimigos. Os Soldados do Califado criticaram os ataques franceses no Iraque, assim como sua intervenção contra islamitas radicais no Mali.

Segundo o SITE Intelligence Group, o vídeo foi postado no Twitter.

Gourdel, guia de montanha de 55 anos que morava em Nice, foi capturado nas montanhas de Djura Djura, norte da Argélia, no domingo, durante uma caminhada. Seus companheiros argelinos foram libertados. Forças argelinas realizaram uma ampla buscar por ele na região, que é um dos últimos redutos de extremistas islâmicos na Argélia.

O vídeo lembra imagens anteriores que mostraram a decapitação de dois jornalistas norte-americanos e de um trabalhador humanitário britânico nas últimas semanas, mas em vez de começar com imagens de falas do presidente Barack Obama, mostra o presidente francês François Hollande.

A França começou a realizar ataques aéreos no Iraque na sexta-feira e foi o primeiro país a se juntar à campanha militar norte-americana contra os combatentes do Estado Islâmico no país.

“Nossos valores estão em jogo”, disse o primeiro-ministro francês Manuel Valls nesta quarta-feira, após saber do vídeo. Ele não fez mais comentários, mas minutos antes afirmou que a França continuaria a combater no Iraque pelo tempo necessário. Fonte: Associated Press.

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