O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Colômbia anunciou, na noite de ontem, que foram violados os limites de gastos para a arrecadação de assinaturas para o projeto de lei que permite a disputa de um terceiro mandato pelo presidente Álvaro Uribe. Segundo o CNE, o teto máximo de dinheiro legalmente previsto para a busca de assinaturas era de US$ 2 mil. Dirigentes que promoveram a iniciativa gastaram mais de US$ 1 milhão, segundo os próprios organizadores.

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Membros da oposição, inclusive, sustentam que entre os financiadores está David Murcia, acusado de enganar milhares de colombianos em um esquema ilegal de captação de dinheiro. As assinaturas, porém, são autênticas e sua legitimidade não foi contestada pelo CNE.

O CNE também pediu que se investiguem os promotores ou dirigentes do grupo de simpatizantes do presidente Uribe que arrecadaram assinaturas por todo o país. Atualmente, a promotoria tem um processo penal aberto para estabelecer se o financiamento do referendo está de acordo com a lei.

A proposta busca realizar uma consulta popular, na qual os colombianos devem decidir se querem ou não modificar a Constituição e permitir uma segunda reeleição para presidente. A Constituição já foi modificada anteriormente para permitir uma reeleição. Uribe ainda não manifestou publicamente se pretende ou não tentar um novo mandato, em maio de 2010. Após quase oito anos no poder, sua popularidade segue alta.

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