Um homem acusado de planejar um ataque no ano passado contra uma igreja de Bagdá, no Iraque, tomou a arma de um guarda de um centro de detenção, libertou seus companheiros e iniciou uma rebelião que terminou com 17 mortos, incluindo um alto oficial de contraterrorismo do país, disseram funcionários da prisão e testemunhas.
Abu Huthaifa al-Battawi, o homem acusado por autoridades de ter planejado o ataque em outubro passado contra um igreja iraquiana que matou 68 pessoas, quase conseguiu fugir com outros detentos antes de ser morto pelos guardas.
A rebelião levantou questões sobre como um grupo de prisioneiros de um complexo, que é supostamente um dos mais seguros do país, conseguiu realizar um ataque tão violento.
Os detentos, todos acusados de fazer parte da Al-Qaeda no Iraque, estavam sendo transferidos de uma sala de detenção para uma sala de interrogatório no Ministério do Interior, no leste de Bagdá, quando al-Battawi atacou um guarda e roubou sua arma, disse o major-general Qassim al-Moussawi, o principal porta-voz militar em Bagdá.
Um funcionário afirmou que o preso tinha acabado de ser liberado do interrogatório quando pegou a arma do guarda, que foi morto. Al-Battawi seguiu então para um das salas do complexo, matou outro guarda e roubou sua arma, afirmou al-Moussawi.
Ao todo, os detentos conseguiram apreender quatro armas, incluindo um rifle de assalto. Hakim al-Zamili, um parlamentar iraquiano do comitê de segurança e defesa, disse que os prisioneiros conseguiram também pegar granadas.
Os detentos entraram em seguida no escritório do Brigadeiro Muaeid Mohammed Saleh, o chefe de um departamento responsável pelo combate ao terrorismo e ao crime organizado no leste de Bagdá, e atiraram nele, juntamente com outro policial que estava na sala.
Al-Moussawi disse que o ataque não foi espontâneo e parecia ter sido planejado. Segundo ele, seis policiais e 11 detentos foram mortos no confronto, que durou quase três horas antes que as forças de segurança iraquianas colocassem a situação sob controle. As informações são da Associated Press.