O presidente do parlamento da Turquia pediu por uma reconciliação com a minoria curda neste sábado, dia que marca o 25º aniversário dos primeiros ataques rebeldes, embora nem o governo nem os insurgentes tenham apresentando um plano para encerrar o conflito.

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“Eu vejo uma grande vantagem em colocar de lado o preconceito”, disse o presidente do parlamento, Mehmet Ali Sahin, na televisão turca. “Eu não concordo com as alegações de que certas medidas culturais, que reduziriam as tensões, vão dividir a Turquia.”

No último ano, a Turquia vem tentando melhorar sua imagem internacional, fazendo a mediação entre Israel e Síria e atraindo investidores de energia russos e ocidentais. Mas o conflito, no qual já morreram cerca de 40 mil pessoas desde 1984, continua sendo um obstáculo na busca pela modernidade.

Em 15 de agosto de 1984, rebeldes separatistas atacaram unidades policiais e militares nas cidades de Eruh e Semdinli, antes de fugirem para o Iraque. Ativistas curdos planejavam realizar um festival em Eruh mais tarde neste sábado, e forças de segurança extras foram posicionadas no local.

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Embora a violência tenha diminuído fortemente desde os anos 1990, a questão sobre como convencer milhares de rebeldes a desistir de suas armas continua sendo uma profunda disputa. As exigências do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o rebelde PKK, incluem anistia a seus principais líderes, mas tal acordo irritaria muitos turcos.

A Turquia já tomou algumas medidas para assimilar os curdos, que representam cerca de 20% da população de 75 milhões e dominam o sudeste do país. Em janeiro, o primeiro canal de televisão 24 horas em língua curda foi lançado e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip, falou algumas palavras no idioma banido no passado.

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Neste sábado, a agência de notícias Dogan relatou que Erdogan disse que, “no sudeste, os problemas não são apenas psicológicos, sociológicos. Aqui, temos problemas militares, políticos, diplomáticos. Problemas econômicos”. As informações são da Associated Press.