Os rebeldes ocuparam neste domingo partes de uma base aérea militar no norte da Síria, após dias de confrontos com tropas do governo que defendiam o local há meses, de acordo com ativistas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado em Londres, afirmou que os rebeldes assumiram o controle de partes da base aérea de Mannagh, próxima à fronteira com a Turquia, apesar dos ataques de aviões do governo. A imprensa local publicou que os rebeldes capturaram uma unidade de ataque dentro da base e que o comandante Ali Salim Mahmoud foi morto.
Os rebeldes têm realizado uma série de ataques a bases aéreas militares na Síria nos últimos meses, na tentativa de deixar o Exército sem uma importante ferramenta usada para combater as forças que lutam para tirar o presidente sírio, Bashar Assad, do poder. Há meses, os rebeldes tentam capturar a base aérea de Mannagh, mas só conseguiram assumir o controle de partes do local.
Os ativistas afirmaram que os rebeldes também dispararam contra a base aérea de Abu Zuhour, no noroeste da Síria, mas não informaram se houve mortes no local. Também neste domingo, aconteceram confrontos em Qusair, perto da fronteira com o Líbano. As tropas do governo capturaram diversos vilarejos e cidades ao redor de Qusair em abril.
Além disso, outro grupo ativista anunciou que aviões de guerra do governo sírio bombardearam o norte de Damasco neste domingo e que também aconteceram ataques na Província de Raqq, no norte do país, e na região de Deir el-Zour. Os confrontos na Síria aconteceram horas após aviões israelenses atacarem áreas no interior e ao redor da capital síria neste domingo. Os alvos eram carregamentos de mísseis iranianos de alta precisão que seriam enviados para o grupo militante libanês Hezbollah.
O ataque, o segundo em três dias, sinaliza uma grande intensificação do envolvimento de Israel na guerra civil síria. Meios de comunicação social estatais sírios informaram que mísseis israelenses atingiram um centro de pesquisas militar e científico perto de Damasco e provocou vítimas.
Os conflitos na Síria começaram com protestos pacíficos contra Assad, em março de 2011, mas se desenvolveram para uma guerra civil que já matou mais de 70 mil, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da Associated Press.