Rebeldes que tentam derrubar o regime do presidente sírio Bashar Assad lançaram três ataques separados contra forças de segurança do governo ao redor de Damasco nesta terça-feira, causando a morte de dois oficiais e abalando a capital com um carro-bomba, segundo ativistas e a mídia estatal.

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Os ataques ocorreram quando um time de observadores da ONU visitava outra área próxima à capital, o conflagrado subúrbio de Douma, para verificar o cumprimento do acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no último dia 12.

Há relatos de bombardeios e tiroteios hoje em Douma, um dia após quase 60 pessoas serem mortas pela violência em toda a Síria. A maioria das mortes de segunda-feira ocorreu na cidade central de Hama, que a missão da ONU visitou recentemente, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres.

A ONU estima que mais de 9 mil pessoas morreram na Síria desde o início do levante contra o governo, em março do ano passado.

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Acabado

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Em entrevista publicada hoje no jornal pan-árabe Al-Hayat, o presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, disse que Assad está “acabado” e irá eventualmente deixar o poder “vivo ou morto”.

“Os russos, chineses e iranianos” que apoiam a Síria desde o início do levante há 13 meses “devem entender que este homem (Assad) está acabado e que já não é mais possível defendê-lo”, afirmou Marzouki ao jornal.

Segundo Marzouki, os aliados da Síria devem convencer Assad a entregar o poder a seu vice. “Você vai sair, de um jeito ou de outro,” disse o presidente tunisiano em recado direto ao líder sírio. As informações são da Associated Press e Dow Jones.