Pelo menos 150 soldados sírios foram mortos nesta semana em um ataque rebelde que destruiu diversos prédios em uma base nos arredores da capital Damasco. De acordo com autoridades militares, esse foi um dos atentados com maior número de mortes desde o começo da revolta.
Um porta-voz do exército sírio informou que os rebeldes passaram meses cavando túneis embaixo dos prédios para depositar explosivos e explodir a base no sábado.
Na quinta-feira, esforços para limpar os destroços das construções tombadas no limite da cidade de Harasta, controlada pelos rebeldes, foram impedidos por atiradores insurgentes escondidos, informou o porta-voz. Em vídeos publicados na internet, um grupo rebelde assumiu a autoria pelo ataque.
O grupo islamita chamado Liwa Dera al-Asima (Escudo para a Brigada da Capital, em árabe), que assumiu o atentado, disse que usou ferramentas básicas para cavar o túnel durante quase seis meses. De acordo com os membros, a base do exército era usada pelo regime sírio para bombear os rebeldes nos subúrbios da capital.
O governo manteve silêncio sobre a base atacada. Os primeiros a informarem sobre o atentado foram ativistas opositores, no domingo, estimando 31 mortes. No entando, um membro das forças de segurança do país que testemunhou o ataque e a tentativa de retirada dos corpos disse ao jornal Wall Street Journal que o número de mortos era muito maior, cerca de 200, de acordo com um hospital militar de Damasco.
“Nós não temos armas avançadas para atacar essa base, que bombardeia o leste de Ghouta todos os dias, então nós encontramos outra maneira de destruí-la”, disse um ativista de Harasta. Ghouta, o distrito mais ao leste de Harasta, foi atingido em agosto pelas armas químicas que mataram mais de 1400 pessoas e quase levaram a uma retaliação dos EUA contra o governo da Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.