Rebeldes líbios disseram nesta terça-feira que avançaram na direção da cidade de Zliten, o que resultou em ferozes confrontos com homens leais a Muamar Kadafi. Já autoridades russas afirmaram que o conflito chegou a um beco sem saída.

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“Os rebeldes avançaram hoje no interior de Zliten para controlar o centro da cidade. Agora há uma luta cruel com as forças de Kadafi”, disse o coronel Ahmed Omar Bani, porta-voz militar, no reduto rebelde de Benghazi. A luta pelo controle de Zliten – que fica a 120 quilômetros a leste da capital Trípoli – começou logo após o amanhecer.

Nas últimas semanas, os rebeldes têm avançado aos poucos sobre Zliten a partir de seu enclave em Misurata, 70 quilômetros ao leste. Eles têm sido ajudados pelos ataques aéreos da Otan, que na segunda-feira atingiram um centro de controle de comando de Kadafi e uma instalação militar da cidade.

Zliten está sob controle de Kadafi há tempos e suspeita-se que a cidade seja a base de vários ataques com foguetes que atingiram Misurata e mataram várias pessoas.

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No leste, Bani disse que os rebeldes lutaram durante horas contra as forças de Kadafi na cidade de Brega. “Ocorreram confrontos com as forças de Kadafi que duraram quatro horas e eles tiveram de recuar”, disse Bani.

Na segunda-feira, os rebeldes disseram que prenderam dezenas de milicianos ligados a Kadafi em Benghazi, mas sofreram um golpe no oeste do país, ao perder uma vila no pé de uma importante cadeira de montanhas.

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As forças de Kadafi retomaram o controle da vila de Josh, ao pé das montanhas Nafusa, capturadas na segunda-feira, disse um jornalista da agência France Presse que estava no local.

Em Moscou, o chefe do departamento para Oriente Médio e Norte da África do Ministério de Relações Exteriores, Sergei Vershinin, disse que os combates na Líbia chegaram a um “beco sem saída” que pode ser resolvido apenas por meio do diálogo e de novas tentativas de negociação.

“A situação chegou a um beco sem saída que confirma que não há solução militar”, disse ele, segundo a agência de notícias Interfax. “Temos de voltar a buscar soluções políticas e diplomáticas.”

A Rússia se absteve de votar a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas em março que abriu o caminho para os ataques aéreos contra o regime de Kadafi na Líbia, mas tem criticado a escala e a intenção da campanha da Otan. As informações são da Dow Jones.