Rebeldes separatistas atacaram a cidade de Kidal, no Mali, durante o fim de semana, em uma operação que o governo avaliou como uma declaração de guerra. O ataque incluiu a invasão de prédios do governo e resultou em oito mortes e 30 reféns. Aparentemente, a ação liderada pelo grupo rebelde Tuareg foi motivada pela visita do novo primeiro-ministro do Mali, Moussa Mara.
Em comunicado, a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para o país informou que seis funcionários do governo e dois civis também foram mortos, apesar de as circunstâncias ainda não serem claras. “Esse crime bárbaro é totalmente inaceitável e os responsáveis devem responder por suas ações”, disse o chefe da missão, Albert Koenders, que pediu por uma rápida investigação para verificar os fatos.
Segundo comunicado oficial, a violência teve início na manhã de sábado, quando rebeldes lançaram um ataque ao escritório do governo, onde haveria uma reunião com a presença de Mara. O primeiro-ministro foi conduzido a barracas do exército e deixou a cidade no domingo.
O Ministério da Defesa afirmou que os conflitos continuaram no domingo e resultaram na morte de oito soldados e 25 feridos. O informe disse que 28 rebeldes morreram e outros 62 ficaram feridos.
“O governo considera esse ataque covarde e indescritível como uma declaração de guerra, que não nos deixa escolha a não ser responder”, disse o governo, em comunicado. Os soldados retomaram o controle de todos os prédios administrativos de Kidal, exceto o escritório do governo, segundo comunicado oficial. Ainda não está claro onde estão os reféns. Fonte: Associated Press.