Rebeldes pró-Rússia de cidades separatistas do leste da Ucrânia elegeram seus líderes neste domingo, em uma eleição que o governo de Kiev considerou ilegal. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, descreveu a votação como uma “pseudo-eleição” que não representa a verdadeira vontade do povo.

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“Estas eleições vão levar a um impasse econômico e político e as pessoas que vivem nessas regiões vão sofrer”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Pavlo Klimkin.

Além de Ucrânia, os Estados Unidos e a União Europeia também consideraram a eleição como uma grave violação ao acordo de cessar-fogo. Já as autoridades rebeldes e a Rússia argumentaram que a formação de uma liderança separatista seria o primeiro passo para a paz e a restauração da região.

Em Donetsk, reduto dos separatistas, o resultado das eleições indicava a vitória de Alexander Zakharchenko, um ex-eletricista de 38 anos, que recebeu mais 80% dos votos. Igor Plotnitsky, um veterano militar soviético de 50 anos, despontava como líder na região de Luhansk.

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Para alguns moradores do leste ucraniano o voto representou um ato de rebeldia, uma vingança por semanas de destruição atribuídas ao governo de Kiev. Para outros, foi uma tentativa de capacitar qualquer liderança na região na esperança de uma restauração da paz. Apesar disso, muitos moradores estavam conscientes de que as eleições também poderiam aumentar o risco de um retorno à guerra.