O que os líderes do levante contra o ditador Muamar Kadafi querem dos Estados Unidos e das outras potências ocidentais é uma zona de exclusão aérea para que as forças leais ao regime não possam bombardear as cidades controladas pelos rebeldes. Forças terrestres estrangeiras não seriam bem-vindas.

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Foi o que explicou ontem ao jornal O Estado de S. Paulo Zahi Mogherbi, um dos 20 membros da Coalizão Revolucionária, a direção política do movimento, que deverá conduzir a transição após uma eventual queda de Kadafi. Professor de ciência política da Universidade Garyounis, Mogherbi, de 65 anos, contou que participou da realização de dois trabalhos encomendados por Saif al-Islam, filho de Kadafi: um esboço de Constituição – que a Líbia não tem – e um estudo de cenários políticos e econômicos. Ambos foram ignorados pelo regime.

Ele acredita que Kadafi será obrigado a renunciar, “pois perdeu a credibilidade”. “Ninguém gosta dele nem dos filhos. Só está prolongando o sofrimento do país”, comentou o opositor. Segundo Mogherbi, após a queda do coronel a Líbia deveria adotar o regime parlamentarista. “O presidencialismo seria o governo de um homem forte, que poderia tornar-se outro ditador”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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