O líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, afirmou no jornal italiano La Repubblica nesta quarta-feira que seu país terá eleições livres em breve. “Em oito meses, realizaremos eleições legislativas e presidenciais”, afirmou Jalil. O CNT controla boa parte do país, porém há ainda áreas sob controle das forças do líder Muamar Kadafi, inclusive zonas da capital.

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“Nós queremos um governo democrático e uma Constituição justa. Sobretudo não queremos continuar isolados do mundo como tem sido até afora”, afirmou Jalil.

“A era Kadafi está acabada, mesmo se ela apenas acabar realmente com a captura dele e sua condenação pelos crimes que ele cometeu”, disse a liderança rebelde. Jalil informou que há um consenso no CNT para que Kadafi e seus aliados sejam julgados “em um julgamento justo, mas ele deve ocorrer na Líbia”. Kadafi e seu filho Seif al-Islam são procurados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade. Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, disse preferir que Kadafi fosse julgado pelo TPI em Haia.

CONTRATOS – A liderança rebelde honrará os contratos firmados entre companhias estrangeiras e o regime de Kadafi, afirmou um porta-voz rebelde no Reino Unido nesta quarta-feira.

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Questionado sobre se os contratos serão respeitados pelo CNT, o coordenador da entidade no Reino Unido, Guma Al-Gamaty, disse à rádio BBC que “eles serão honrados”. Também afirmou que o CNT, que está sediado em Benghazi, no leste do país, está determinado a buscar a reconciliação nacional, não uma vingança contra aqueles que defenderam o ditador. “Nós realmente não queremos mais derramamento de sangue”, garantiu. “Queremos ser o mais inclusivos possível, acreditamos que a Líbia é para todos os líbios.”

Gamaty lembrou que Kadafi está no poder há 42 anos, fornecendo empregos para muitas pessoas. “Nós não vamos nos posicionar contra elas”, disse.

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As informações são da Dow Jones.