O comando militar dos rebeldes líbios criticou duramente os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – não por sua violência, mas por supostamente deixar de proteger civis e forças opositoras.

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Abdel-Fattah Younis, um dos principais líderes dos insurgentes, afirmou que a aliança “não está fazendo nada” para derrotar as forças leais ao coronel Muamar Kadafi.

Younis reclamou da burocracia da Otan, que levaria horas para responder às evoluções no campo de batalha. “Ou a Otan faz direito seu trabalho, ou nós vamos pedir ao Conselho de Segurança da ONU que suspenda (a ofensiva)”, ameaçou o líder rebelde hoje. Ainda de acordo com o comandante, as forças aliadas são “muito lentas” e estão permitindo que o regime líbio avance. “Isso se tornou um problema nosso”.

Hoje, a Otan anunciou uma importante mudança tática na ofensiva. Segundo o comando da aliança, o critério na escolha de alvos e na realização dos ataques será revisto, pois Kadafi passou a usar sistematicamente civis como escudos humanos.

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Também hoje, a Otan admitiu que um bombardeio desfechado por um dos seus aviões matou 13 insurgentes líbios na sexta-feira passada, perto da cidade de Brega.

Quatro dos mortos eram civis. Segundo o general Mark van Uhm, a Otan não conduziu uma investigação formal sobre o incidente, mas fez uma “avaliação” que já “foi concluída”.

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De acordo com ele, o episódio foi um “incidente infeliz”. A Otan confundiu tiros de comemoração que eram disparados pelos rebeldes com uma possível incursão das forças de Kadafi.

Kadafi

O filho de Kadafi, Seif al-Islam, criticou hoje o ex-ministro das Relações Exteriores líbio Moussa Koussa, que abandonou o governo e fugiu para a Inglaterra na semana passada, qualificando-o como “doente e velho” e como um homem que sucumbiu às pressões de uma guerra.

Um porta-voz do governo, Mussa Ibrahim, disse em Trípoli que a saída de Kadafi não era algo negociável. “Nós podemos ter qualquer sistema político, eleições, referendos. Podemos discutir isso”.

Segundo o porta-voz oficial, é importante que Kadafi “lidere qualquer transição para um modelo democrático e transparente”. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.