Ramos-Horta diz que deve permanecer na Austrália

Após receber alta médica do hospital de Darwin, no norte da Austrália, o presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, comentou hoje que deve permanecer na Austrália por mais algumas semanas, até a conclusão do tratamento médico. Ele passou mais de um mês internado depois de ter sido baleado durante uma tentativa de golpe em seu país.

Na saída, o presidente ofereceu café timorense aos médicos e enfermeiros do Royal Adelaide Hospital. "Esse é o melhor café do mundo", disse Ramos Horta, perceptivelmente mais magro e tentando segurar as lágrimas enquanto expressava sua gratidão. "Eu gostaria de agradecer por todo o cuidado e pela paciência", disse ele.

Ramos-Horta contou que sangrava muito e que estava plenamente consciente enquanto era levado de ambulância até o centro médico australiano em Díli no dia do atentado. "Lembro-me de cada detalhe do momento em que fui baleado", relatou o presidente timorense.

"No caminho para o heliporto eu caí algumas vezes porque não havia cinto de segurança. Lembro-me que sangrava, mas me segurava. Eu pedia ao motorista para ir mais devagar. Mas talvez ele tenha sido sábio, pois era apenas uma questão de minutos chegar aqui. Então eu caí nas mãos de vocês. Gostaria de agradecer a todos", prosseguiu ele, levando as mãos ao rosto para conter as lágrimas.

O ataque a Ramos-Horta foi conduzido pelo líder rebelde Alfredo Reinado, que foi morto pelos seguranças do presidente no episódio ocorrido em 11 de fevereiro. Minutos depois, um outro comando rebelde tentou matar o primeiro-ministro José Alexandre Xanana Gusmão. Ramos-Horta esteve entre a vida e a morte. Xanana Gusmão escapou ileso.

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