O presidente peruano, Alan García, disse que ele e sua colega chilena, Michelle Bachelet, raciocinam "como gêmeos", e garantiu que acatará a sentença da Corte Internacional de Haia no pedido por delimitação marítima.
"Com Michelle Bachelet, temos empatia intelectual… Pensamos de forma muito parecida. Ao refletir, chegamos à mesma conclusão; raciocinamos como gêmeos", declarou o presidente à revista Cosas.
Na entrevista, García antecipou que seu governo respeitará "qualquer" sentença da Corte Internacional de Haia, porque é "para isso que se vai a uma instância considerada definitiva e mundial".
"Seria uma imaturidade absoluta não assumi-lo, qualquer que seja o resultado, que obviamente esperamos que seja favorável ao Peru", disse.
No plano econômico, disse que, "enquanto o Chile está em um planalto, depois de ter crescido 15 anos antes, o Peru está em seu momento de crescimento e logo chegará também a um planalto".
"Garanto que em mais alguns anos, e quando houver maior produto interno, caberá aos peruanos fazer grandes investimentos no Chile", profetizou.
Na mesma entrevista, García afirmou: "Respeito o político, compartilho da história, dos sentimentos e da obrigação assumida por Álvaro Uribe", presidente da Colômbia.
Segundo García, "as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) representam violência para tomar o poder e não votos nem inteligência. Mas, além disso, são fórmulas arcaicas, pessoas enterradas debaixo do muro de Berlim e de toda a União Soviética".
