O Parlamento do Quênia aprovou nesta quinta-feira uma moção para deixar de fazer parte do Tribunal Penal Internacional antes de o presidente e o vice do país enfrentarem julgamento em Haia, acusados de orquestrarem uma onda de violência no país há mais de cinco anos atrás.
Sob o argumento de que os EUA e outros países poderosos do mundo não serem membros, o líder da maioria no Parlamento, Adan Duale, defendeu a saída do Kenia do Tribunal Penal.
Apesar de a moção ter sido facilmente aprovada após a saída dos membros do partido de oposição do Parlamento, o Quênia apenas pode deixar de fazer parte do Tribunal a partir de uma notificação formal do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ao governo e não por decisão do Parlamento.
O debate no Quênia é uma reação ao início na próxima semana do julgamento em Haia do vice-presidente William Ruto. O vice e o presidente Uhuru Kenyatta enfrentam acusações de crimes contra a humanidade por terem ajudado a orquestrar a violência ocorrida em 2007-2008 que matou mais de mil pessoas.
Kenyatta, que foi eleito presidente no começo deste ano, enfrentará o mesmo tribunal em novembro. Os dois líderes disseram que vão cooperar com a Corte.