A Organização das Nações Unidas (ONU) aposta todas as suas fichas na queda do presidente de fato da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, para dar um sinal claro aos demais políticos africanos de que, a partir de agora, os resultados de eleições terão de ser respeitados. Altos funcionários da organização e o ex-secretário-geral Kofi Annan confirmaram que, em Abidjã, está em jogo uma questão que vai “muito além das fronteiras da Costa do Marfim”.

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O ano de 1960 entrou para a história como “o ano da África, quando 16 países conquistaram sua independência. Em 2011, meio século depois, 25 nações africanas terão eleições – 19 escolherão um novo presidente. “Se Gbagbo prevalecer, um precedente muito perigoso será aberto”, disse Annan.

O ex-secretário-geral da ONU diz que os líderes africanos devem ser convencidos de que a rotatividade de poder é fundamental. “Se os políticos entram em campanha eleitoral, precisam aceitar os resultados”, afirmou.

A tarefa de convencer a região a aceitar a democracia não é fácil. A União Africana (UA) é comandada pelo presidente de Guiné Equatorial, há 32 anos no poder, que defende uma transição democrática em seu país apenas em 2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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