Dois cardeais italianos, um austríaco e um canadense aparecem com quase unanimidade na lista dos papáveis. São o arcebispo de Milão, Angelo Scola, de 71 anos; o presidente do Pontifício Conselho da Cultura, Gianfranco Ravasi, de 70; o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, de 68; e o prefeito da Congregação para os Bispos, Marc Ouellet, de 68. Essa relação é especulação de especialistas que buscam o perfil ideal do próximo líder da Igreja.
Os cinco cardeais brasileiros que participarão do conclave não falam em nomes, mas trocam informações para as reuniões que terão com outros eleitores em Roma. E aguardam novidades que o papa pode introduzir no mecanismo do conclave, o motu próprio (documento de iniciativa própria), que deverá publicar antes do dia 28.
Se Bento XVI apontar um nome, sua sugestão terá peso enorme, sobretudo entre os 67 cardeais que nomeou. Se o papa tem um preferido, deve ser o cardeal Scola, arcebispo de Milão, a segunda arquidiocese mais importante, depois de Roma. Nomeado patriarca de Veneza em 2002, foi inesperadamente transferido para Milão, em 2011.
“Scola é ligado ao movimento Comunhão e Libertação e, por isso, teria o apoio de Bento XVI, que em 1985, quando era o cardeal Ratzinger, disse que os movimentos apostólicos estavam salvando a Igreja”, observou o teólogo e historiador padre José Oscar Beozzo. Scola tem perfil conservador e poderá ser eleito se os cardeais quiserem a continuidade da linha de Bento XVI. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.