Quase mil pessoas foram presas na China acusadas de integrarem seitas e cultos que pregam que o mundo acabará amanhã, dia 21.
Segundo a imprensa oficial, a maioria das detenções aconteceram na província ocidental de Qinghai, embora hoje tenham sido registradas as primeiras prisões na capital, Pequim, onde 17 pessoas foram presas por “divulgarem rumores sobre um iminente apocalipse”, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
As ações dos policiais nos últimos dias têm sido dirigidas principalmente contra uma seita cristã denominada “Igreja de Deus Todo-Poderoso”, que afirma que amanhã a escuridão reinará sobre o planeta.
A igreja foi fundada no início dos anos 1990 e acabou incluída na lista de seitas proibidas em 1995. Naquele ano, seu fundador, Zhao Weishan, fugiu para os EUA.
O “culto maligno”, assim denominado pelas autoridades chinesas, promete a salvação aos que se unam à organização e a ela entreguem todos os seus bens.
“Os homens de Satã serão extinguidos, e só Deus Todo-Poderoso pode salvar a humanidade. Quem resistir a ele, irá para o inferno”, assinalam panfletos da seita apreendidos nos últimos dias.
As superstições sobre um suposto fim do mundo amanhã -influenciadas pelas crenças que circulam no mundo todo em torno do final do calendário maia- tiveram uma ampla aceitação no país asiático.
Crédulos e céticos se preparam também para receber na China a suposta mudança, numa mistura de piada e expectativa, e lembrando que, no filme “2012”, o país tinha papel-chave na salvação da humanidade.