Quase 500 ficam feridos por queda de meteoro na Rússia

Um meteoro que caiu sobre os Montes Urais, na manhã desta sexta-feira, provocou pelo menos uma explosão forte que resultou em pânico e deixou quase 500 feridos, a maioria com machucados provocados por vidro que se quebrou em razão da onda de choque provocada pela queda do objeto.

O Ministério de Emergências russo informou que 474 pessoas ficaram feridas, das quais 14 com gravidade, em Chelyabinsk e em localidades próximas. Os sistemas de comunicação móvel ficaram temporariamente fora do ar.

“Às 9h20 (horário local, 1h20 em Brasília), um objeto em alta velocidade foi observado nos céus de Chelyabinsk, deixando um grande rastro atrás de si. No prazo de dois minutos houve dois estrondos”, disse Yuri Burenko, funcionário do setor de emergência, em comunicado. “A onda de choque quebrou vidros em Chelyabinsk em uma série de cidades da região”, disse ele.

Não há relatos de que qualquer pessoa tenha sido atingida diretamente por um fragmento do meteorito. O Ministério da Defesa informou que enviou soldados para “locais de impacto”, sem fornecer maiores detalhes.

Escolas foram fechadas e apresentações de teatro canceladas na região após a onda de choque ter quebrado janelas. As temperaturas locais chegam a -18ºC.

“Houve pânico. As pessoas não tinham ideia do que estava acontecendo. Todos começaram a verificar as casas ao redor para ver se estava tudo certo”, disse Sergey Hametov, morador de Chelyabinsk, a maior cidade da região a ser afetada, que fica a cerca de 1500 quilômetros a leste de Moscou

“Nós vimos uma grande explosão quando saímos para fora e ouvimos o som de um trovão muito forte”, disse ele à Associated Press por telefone. Outro morador de Chelyabinsk, Valya Kazakov, disse que algumas idosas de seu bairro começaram a gritar que o mundo estava acabando.

Alguns meteoritos – fragmentos de um meteoro – caíram num reservatório nas proximidades de Cherbakul, informou o escritório do governo federal, segundo a agência de notícias Itar-Tass.

Meteoros costumam causar grandes estrondos sônicos quando entram na atmosfera, porque viajam a uma velocidade muito maior do que a do som, mas ferimentos com a escala dos relatados nesta sexta-feira são extraordinariamente raros. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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