A Qantas Airways decidiu, neste sábado, manter em solo todos os seus aviões de rotas domésticas e internacionais por um prazo indeterminado em meio a uma disputa industrial. A companhia aérea australiana, que tem sido afetada por uma série de paralisações, informou que todos os seus funcionários estarão, a partir da noite de segunda-feira, em locaute – situação em que a entidade patronal recusa-se a ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho necessários para a sua atividade. A empresa informou ainda que todos os voos seriam mantidos em solo desde a manhã deste sábado.

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“Pilotos, engenheiros autorizados e o staff responsável pela bagagem, operações em solo e catering são essenciais para as operações da Qantas e para o locaute, portanto, será necessário que todos os aparelhos sejam mantidos em solo”, informou a companhia aérea. “Os aviões que estão no ar vão completar todas as etapas de suas operações. No entanto, não haverá nenhuma outra partida doméstica ou internacional da Qantas em qualquer lugar do mundo.”

Meses de greves de carregadores de bagagens, engenheiros e pilotos geraram um custo de 15 milhões de dólares australianos (US$ 16 milhões) por semana, segundo a companhia, com o impacto financeiro total atingindo até o momento 68 milhões de dólares australianos (US$ 72,780 milhões). Aproximadamente 70 mil passageiros foram afetados e mais de 600 voos foram cancelados, antes do anúncio das interrupções dos voos deste sábado. A decisão surpreendente da companhia de manter em solo seus equipamentos aéreos afetará 108 aviões em 22 aeroportos.

“Os aviões ficarão em solo pelo tempo necessário para atingirmos uma conclusão sobre isso”, afirmou o executivo-chefe Alan Joyce, em uma áspera entrevista coletiva na qual ele acrescentou que não aceitaria o caminho mais fácil para sair do impasse, que seria aceitar as exigências dos sindicatos. “Isso destruiria a Qantas no longo prazo”, afirmou. “Eu estou tomando uma decisão corajosa, uma decisão inacreditável, uma decisão muito dura, e aterrissar todos os voos.”

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Os sindicatos têm realizado uma campanha por melhores salários e também por discordarem da estratégia da administração da empresa de manter seus planos de concentrar o foco na Ásia. Um dos chefes dos sindicatos chegou a ameaçar manter as greves até meados de 2012. As informações são da Dow Jones.