A Coréia do Norte rejeitou neste domingo (13) uma proposta da Coréia do Sul para retomar as paralisadas negociações para reconciliação. A Coréia do Sul, por sua vez, denunciou o regime comunista por ter matado a tiros uma turista sul-coreana em um resort perto da fronteira. O principal jornal norte-coreano, o Rodong Sinmun, afirmou que a proposta do presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, de retomar as conversas já não é mais considerável. A tentativa sul-coreana foi chamada de "tática enganosa" que pretende evitar tomar responsabilidade pela deterioração dos laços entre as duas nações.

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A crítica foi mais um sinal do rompimento das relações entre as duas Coréias. O porta-voz da presidência da Coréia do Sul, Lee Dong-kwan, declarou que "não é apropriado" para a Coréia do Norte criticar a proposta sul-coreana. A Coréia do Sul está pedindo que especialistas de seu país possam participar das investigações sobre a morte da turista. "Se uma investigação sobre esse trágico incidente não for feita, será jogado um balde de água fria nas expectativas por um progresso nas relações entre o Norte e o Sul", disse o ministro da Unificação da Coréia do Sul em um comunicado. O governo sul-coreano suspendeu as viagens para o resort onde a turista foi morta.

No entanto, Pyongyang está se recusando a cooperar em uma investigação, argumentando que a mulher de 53 anos ignorou o alerta de um soldado e tentou fugir. As autoridades de turismo da Coréia do Norte pediram que a Coréia do Sul se desculpe pela interrupção das viagens. As tensões entre as duas Coréias aumentaram desde que Lee Myung-bak, conservador pró-Estados Unidos, tomou posse como presidente sul-coreano. Seu governo tem criticado abusos sobre direitos humanos na Coréia do Norte e não tem oferecido ajuda incondicional ao vizinho empobrecido, uma grande diferença em relação aos líderes liberais sul-coreanos da última década.

A Guerra da Coréia, entre 1950 e 1953, terminou com um cessar-fogo e não com um tratado de paz, o que deixou os dois lados tecnicamente ainda em guerra. As relações entre as Coréias ficaram significativamente melhores depois de sua primeira reunião, em 2000, mas o processo de reconciliação tem sido freqüentemente atrapalhado por tensões em relação ao programa nuclear da Coréia do Norte.

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