A Coreia do Norte afirmou hoje que está disposta a retomar as negociações de desarmamento nuclear, num sinal de sua satisfação com um comunicado do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) que evitou culpar Pyongyang diretamente pelo naufrágio de uma corveta sul-coreana. Ontem, o órgão afirmou estar “profundamente preocupado” com o afundamento do navio de guerra sul-coreano Cheonan, que causou a morte de 46 marinheiros em março, mas não condenou a Coreia do Norte pelo ocorrido. Pyongyang havia alertado que uma condenação direta poderia levar a “uma resposta militar”.

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Negociações nucleares entre as Coreias, Estados Unidos, Japão, Rússia e China estão paralisadas desde dezembro de 2008. Além disso, as Coreias continuam tecnicamente em guerra, pois nunca assinaram um tratado de paz após o cessar-fogo que deu fim ao conflito de 1950-53.

“A Coreia do Norte fará esforços consistentes para a conclusão de um tratado de paz e a desnuclearização por meio de conversas (entre os seis países envolvidos) em pé de igualdade”, afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, em comentários citados pela agência estatal norte-coreana KCNA.

A Coreia do Sul, que estuda medidas de retaliação contra o vizinho desde o afundamento da corveta, recebeu o anúncio com cautela. O Ministério da Defesa sul-coreano afirmou hoje que o país pretende realizar exercícios militares com os EUA, mas destacou que o cronograma e escala dos exercícios não foram finalizados. Já Pyongyang voltou a alertar hoje que quaisquer provocações ou sanções impostas pelos sul-coreanos ou norte-americanos serão recebidas com “forte retaliação física”.

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