O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que seu país só vende armas para governos legítimos e que “ninguém, sob nenhum pretexto, pode ditar à Rússia ou a outro Estado como e com quem comerciar”.

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O chefe do Kremlin fez a declaração durante reunião da Comissão de Cooperação Técnico-Militar da Rússia com outros países, segundo informaram as agências locais.

Putin disse que antes de assinar contratos de provisões de armamento “é analisado exaustivamente a situação da região do mundo” onde se localiza o comprador.

“Nem todos os principais exportadores de material bélico se distinguem por uma atitude tão escrupulosa”, acrescentou. O presidente russo frisou, no entanto, que para Moscou “só as sanções do Conselho de Segurança da ONU podem servir de restrição à comercialização de armamentos”.

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“Em todos os demais casos, ninguém, sob nenhum pretexto, pode ditar à Rússia ou a outro Estado como e com quem comerciar”, enfatizou.

Segundo Putin, as restrições ou proibições adotadas de maneira unilateral ou coletiva à margem da ONU, principalmente por motivos políticos, “não são normas do direito internacional”.

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As declarações do presidente russo foram feitas após as autoridades turcas obrigarem na semana passada um avião de passageiros sírio que voava de Moscou para Damasco a aterrissar em Ancara. Parte da carga que estava na aeronave foi apreendida pois foi considerada material de uso militar.

Putin informou que desde começo do ano até 1º de outubro a Rússia obteve US$ 10,7 bilhões com a exportação de armamentos.