Centenas de policiais e a Guarda Nacional dispersaram nesta quinta-feira com gás lacrimogêneo milhares de manifestantes com bandeiras da Venezuela que tentavam avançar sobre a principal avenida de Caracas para se dirigir ao centro da cidade. A marcha, com grupos vindos do leste e do oeste da capital, ocorreu com normalidade durante mais de três horas, até ser reprimida pelas forças de segurança. Os manifestantes avançavam aos gritos de “Fora, Maduro”, na segunda semana de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro e o Tribunal Supremo de Justiça, que já deixaram cinco mortos.

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A oposição diz estar decidida a manter a pressão nas ruas para conseguir a realização de eleições gerais e a retirada de magistrados do tribunal. Em Barquisimeto, no Estado de Lara, morreu Gruseny Antonio Calderón, de 32 anos, após ficar ferido por disparos de balas de borracha à queima roupa, informou o deputado opositor Alfonso Marquina. Os disparos recebidos pelas costas lesionaram seu pulmão direito, o diafragma e o fígado. Na mesma cidade morreram Miguel Antonio Colmenares, de 36 anos, e Brayan Principal, de 13. No total, há cinco mortes ligadas aos protestos no país.

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As manifestações quase diárias das últimas duas semanas contra o governo deixaram além disso várias dezenas de feridos e 135 detidos em todo o país.

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Na terça-feira, após um ato oficial em San Félix, no Estado de Bolívar, centenas de pessoas se lançaram na direção de um veículo militar em que Maduro era transportado e algumas pessoas lançaram objetos e o insultaram. O presidente disse, sem dar detalhes, que os opositores “haviam preparado uma emboscada e o povo se encarregou de desfazê-la” e agradeceu o apoio da população local. Fonte: Associated Press.